Mais um dia, o sábio se mantém de pé Sangue puro e cristalino, blindadão de fé Sempre na atividade, com a mente pensante No corre da vida, atrás de um qualquer Na pista do Rj, nós segue sagaz Sem fugir da guerra, mas querendo paz Lá no morro, o pau quebra, o clima sempre esquenta As criança' com medo não aguenta mais E se eu disser que a polícia tá matando quem acorda cinco da manhã Pra trabalhar tentando ser alguém? E se eu disser que, na verdade, o sistema é mó covarde? Vê o povo passar fome e não ajuda ninguém Favelado tem que juntar com favelado pra fazer acontecer Porque eles nunca vai fechar com nós O papo é que nós incomoda e nós é pitbull de raça Pode tentar, mas vocês nunca vai calar minha voz
Mas talvez Meu povo se levanta algum dia Mas talvez A paz reine pelas periferias Mas talvez Meu morro volta a viver com alegria Mas talvez Mas talvez, é o Poze
É foda de manter a calma porque a bala voa E inocente tá morrendo o tempo inteiro Parece até que liberaram as arma Faz tempo que nós vive debaixo de tiro na Vila Cruzeiro No morro do 18, vários não passou dos quinze O medo tá assombrando o povo que vem da Rocinha Mais de quinze morto pela chacina Presente do dia da mãe é ter o filho morto pela esquina E hoje não tem final feliz porque mais um se foi Político safado protegido pela lei O galo canta, mas não canta mais no Cantagalo Quem mandou matar Marielle? Até agora eu não sei Da Fazendinha ao Jacaré, Vk até o Morro da Fé Morador tá sujando a bandeira branca com sangue Saudade dos tempos antigos que eu, minha mina e meus amigos Podia subir o morro pra curtir o baile funk
Mas talvez Meu povo se levanta algum dia Mas talvez A paz reine pelas periferias Mas talvez Meu morro volta a viver com alegria Mas talvez Mas talvez, é o Poze
Compositores: Nemo, Marlon Brendon Coelho Couto da Silva (Mc Poze), Felipe Rosa, Oliveira, Mandark ECAD: Obra #37035626