Desde que nasci eu vou vivendo e aprendendo Cada vez mais aprendendo pra continuar vivendo Foi assim que aprendi Que malandro é malandro otario é otario Não tem a falar, fica calado Se abrir a boca fale o nescessario
Além de mim só minha mãe sabe bem da minha história Tava comigo na derrota continuou comigo na vitória Quantos dias de visita teve que se humilhar Quantos corpos reconheceu pra ver se era eu que estava lá
Guerras de facções, quanto sangue derramado Quando tu não tá atacando tu tá sendo atacado ? um olho nos vermes e outro no sapato
E pulou pro outro lado Silêncio quebrado pelo desabafo E um fuzil em cima do blindado Morrer lutando não é sinal de derrota ? sinal de conquista
Quem não teme a luta E lá em casa minha mãe olhando a porta Fazendo uma oração pra eu poder retornar
Desconheço o medo mas sei que ele me domina Se a vida é loka a morte será mais ainda E sempre bate na sola do pé O coração do vagabundo Porque em casa quando a mãe chora O filho chora junto
E se eu insisto Acabo perdendo minha vida E se desisto ando de cabeça erguida Eu tô firmão mas sua vida correria Mamãe agora chora, mas chora de alegria
Compositor: Gustavo de Lima Lopes (Mc Orelha) ECAD: Obra #4986839 Fonograma #4078411