Perguntas vem na mente que nem dá pra explicar
A ignorância prende você de ir buscar
O livro é uma semente, só basta você plantar
Para colher educação e ideias, dignas de um lar
Somos escravos da historia, correndo contra o tempo
A vida é cheias de glorias e dor ao mesmo momento
Tem que se andar ligado, que nada aqui é lento
Piscar de olhos já se foi, perdeu mais um talento
Perdemos casas, dinheiro, choveu e foi pro chão
Chorão, Dercy, Oscar Niemeyer dentro de um caixão
O mundo gira, gira, gira, pra se transformar
Mas pira, pira, pira, pira, só pra nos transtornar
Quando menos se espera é que tudo acontece
Uma pessoa morre, outra pessoa cresce
Maluquinho se envolve, mente cheio de estresse
Muitas luzes acesas na cidade que adormece
Deixamos de ser feliz, pra apenas ter prazer
Muitos empinam o nariz: "Sou melhor que você! "
Mas cada um tem sua qualidade, só basta você ver
Que são degraus que formam a escada para subir ou descer
Você que escolhe o progresso e a sua trajetória
Só você sabe o seu bem, se é falha ou vitória
Uma borracha apaga a forma escrita de uma historia
Mas não apaga o que se tem guardado na memoria
Cada um tem suas escolhas e não é difícil ver
A vida é feita em folhas pra você poder escrever
Muitos querem enxergar, mas tampam a visão
Tratam como invisível o tiozinho sozinho ali no chão
Procuram amor na historia, e paz na multidão
Mas só ver guerra, sangue, tiros em meio a função
Vivemos entre uma guerra e tamos desarmados
Sete palmos de terra, esse é o resultado
Ações de gente insanas nos deixam revoltados
Abuso de poder e impostos sendo roubados
Será que pobre só nasceu mesmo para sofrer?
Perguntas sem respostas, mas não dá pra esconder
Que é a realidade, e ela é crua e fria
Não vem pela metade, e agi na covardia
Tudo parece que acabou quando a chuva estia
Mas continua nos escombros de um novo dia
É Sus, é cruz, é jus a escuridão
É luz, que induz, assusta a solidão
Quase missão impossível, mas tem que ser possível
Cada vez que se muda de fase é que se aumenta o nível
Muita dificuldade, só pra falar a verdade
Pensamos que vimos de tudo, mas não vimos nem a metade
Necessidade de trampar pra ter o que é seu
Outros preferem só zuar, e o dia anoiteceu
Do topo eu observo luzes de carros, de ruas
Na madrugada ou na noitada, é cada um na sua
Dia se acaba, o sol se vai, a lua sai, a noite cai
Começa ação de uma cidade, que não se retrai
Fico de luto, na cidade, cheio de iluminação
De que adianta luz, se estamos na escuridão?
Tempo de guerra e trevas, mas luto por amor e paz
Mas o que se perde agora, não se recupera jamais