Um pai de família por ser operário Passava na vida uma fase ruim Perdeu seu emprego ficou sem salário E as economias chegaram ao fim Pedido a prazo num supermercado assim explicava a situação A maior tristeza na vida de um homem é ver seus filhinhos chorando de fome E não ter de onde ganhar o seu pão
O proprietário chamando a gerência respondeu apenas não vendo fiado Por certo bem cedo irei a falência se ajudar a todos os desempregados Embora o senhor seja conhecido e venha pedir pela primeira vez Pode acreditar uma coisa é certa continuaremos de portas abertas trazendo dinheiro será bom freguês
O pobre operário saiu à procura de outros amigos mas pouco arranjou Voltou para casa trazendo amargura Então finalmente outro dia raiou Ligando seu radio ouviu a notícia de um grave acidente que um homem sofreu Chamava urgente naquele hospital pra salvar alguém que passava tão mal Por falta de sangue do tipo do seu
E foi só pensando em salvar essa vida Que saiu correndo com grande aflição Pra chegar a tempo porque sem dinheiro nem mesmo podia tomar condução E foi retirando seu sangue da veia Que ele sentiu-se mais realizado E notou que era Deus que estava guiando Ao ver que seu sangue estava salvando a vida do dono do supermercado
Compositores: Manoel Adao da Silva (Manoelito Nunes), Jose Pereira de Carvalho (Jonatan) ECAD: Obra #7041954 Fonograma #125446