Dilemas E vocĂȘ me pergunta porque eu sou assim E se um dia eu vou mudar (serĂĄ?) Se as cicatrizes vĂŁo cicatrizar Ou se a frieza nunca vai ter fim (Enfim) Complexo, nĂŁo, talvez complexado Os sentimentos sempre nos deixam enganados E eu nem gosto de falar muito sobre isso E nem muito disso ou daquilo (tambĂ©m) Eu nem sei porque vocĂȘ quer que eu fale sobre mim Talvez possa me queimar com oque vocĂȘ descobrir ErrĂŽneo demais, alucinado demais Intenso ao extremo, sempre querendo mais Sempre busco acreditar no inacreditĂĄvel E o amor pra mim jĂĄ foi algo inabalĂĄvel IntocĂĄvel, indestrutĂvel, um combustĂvel Depois virou sĂł balela pra vender livros e discos Enquanto as pessoas me esvaziam, uĂsques me enchem Mulheres dançam, compro o amor que vendem Em frascos que dosam por uma Ășnica noite Com intensidade que ninguĂ©m soube O badalar da meia noite no relĂłgio me seduz O olhar insaciĂĄvel da dama da noite me induz A, pensar besteiras, querer besteira Saciando toda fome de prazer com tudo que houver na mesa Cartas, bebidas, mulheres dançando Ă incrĂvel como esse lado da vida vai me hipnotizando Olha minha vida Ă© realmente oque contam Um velho em corpo de jovem, como Benjamim Button Mais uma dose de uĂsque, um gole de insanidade Parece uma noite daquelas que respiro maldade Quero te passar lealdade, mas sou leal a mim mesmo Conquistar alguĂ©m sempre parece um prĂȘmio Um artista medonho, um pouco tristonho UtĂłpica realidade que pra alguns Ă© um sonho Essa vida, bulevar, vou levar mulheres pra me amar E sonhar com a reciprocidade que eu posso dar Sou um verso de amargura e solidĂŁo, alma bruta Mente lapidada em leituras de Neruda "Feche os livros e vĂĄ viver", eu levei isso a fundo E nĂŁo gostei nada do que vivenciei pelo mundo Tudo se torna um clĂĄssico com uĂsque e cigarro Trago coisas que trago e me indago com tanto embaraço Vejo o sol nascer e nem parece ser tarde Eu perdi a hora quando disse que nĂŁo chegaria tarde Viajo sem sair do lugar, minha alma vaga PrincĂpios sĂŁo vendidos por notas tĂŁo baixas Minha poesia me sufoca e me maltrata Porque em cada linha carrega tantas mĂĄgoas Meu sorriso nĂŁo trĂĄs felicidade, sĂł dor PorĂ©m, adoçados em cada noite que passou E eu nem sei se vocĂȘ quer que eu continue Mas se quiser bagunça, talvez minha vida na sua tumultue E vocĂȘ me pergunta porque eu sou assim E se um dia eu vou mudar (serĂĄ?) Se as cicatrizes vĂŁo cicatrizar Ou se a frieza nunca vai ter fim (Enfim)
Composição: JĂșnior Matielli
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