"Noite benzida de campo, com olhos de estrelas Sonho que ronda teu corpo na pele morena Brisa que molha a mirada, no sopro do vento Alma que chora em silĂȘncio, no passo do tempo
Beijo que um dia deixaste, marcado no lenço Veio por mim estradeado, nas saudades que penso Que fez lembrança na estrada, depois da partida Num trote lento que parte, contrariado com a ida
Trago na alma do poncho, por folgas de outrora Doce de aroma pealado, com lĂĄbios de amora Quando num brilho de lua, de pele morena Fez uma noite tĂŁo grande, tornar-se pequena
E o tempo segue no tranco, do lento das tropas Poeira sentando de manso, no lombo das copas No entardecer mormacento, de um longo domingo Ritual que segue por diante, nos cascos do pingo.