O cecêu por afamado Foi montar num aporreado Numa festa domingueira
Quando o dia amanheceu Lá se foi o dom cecêu Pra uma estampa de fronteira
Por costume e não por balda Foi de lenço a meia espalda E as botas meio pé
O cecêu por ginetaço Assim foi no seu picaço Assobiando um chamamé
Com os olhos flamejantes E um sombreiro no semblante Foi chegando no destino
Pro cecêu recém chegado Na igreja do povoado Pois até batia o sino
Lá na estância cordilheira O cecêu por brincadeira Gineteava de tamanca
E montar calçando espora Era só mais uma tora Neste mouro pata branca
De cabeça acaranchado Parecendo estar cansado Vinha o mouro tropicando
O cecêu por patacoada Se torceu numa risada Já na canha se babando
O mulato despachado Num jeitão agauchado Foi pra cima deste mouro
Então disse para o povo Amanhã volto de novo E costuro bem o couro
No primeiro rebencaço Dando um nó no espinhaço O mulato se clavou
Abrir leiva na carqueja E na torre da igreja Foi que o sino badalou
Foi o chão que estremeceu Pelo tombo do cecêu Que custou ficar em pé
Nesta festa domingueira Foi plantada uma figueira Lá pras bandas do imaré
Compositores: Joao Rafael Teixeira Chiappetta (Rafael Teixeira Chiappetta) (UBC), Marcelo Oliveira de Oliveira (Marcelo Oliveira) (ABRAMUS)Publicado em 2015 (02/Fev) e lançado em 2015 (01/Mar)ECAD verificado obra #10212705 e fonograma #10371459 em 27/Abr/2024 com dados da UBEM