Malkin
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Sou + Você

Malkin


Eu sou o todo dos considerados poucos
Que são vistos como loucos só porque pedem um pedaço de pão
Eu vim do outro lado do oceano me afastaram dos que amo
E há muitos anos trabalhei na escravidão
Eu estou em todos os lugares já naveguei os sete mares
E ainda tenho braço pra remar
E sei pra onde vou cumprir a minha meta fazer a coisa certa
E lutar contra os que não sabem amar

Por isso me envolvo represento o povo
Lutando nessa guerra essa voz que tanto berra
Entre corruptos e honestos pelos protestos manifestos
o spray testa e infesta deixa em off Coquetel Molotov é a festa!
Pelos corredores as dores morando de favores
ensinando a se forte mesmo diante da morte os horrores
que nos tiram o cheiro das flores segregam seus valores
suas cores e ainda diz que tá contigo aonde quer que tu fores

Eu sou aquele que está desempregado no mercado
de trabalho escravo que enriquece o poder
Eu estou vivendo a vida da viúva que embaixo de sol
e de chuva rala pros filhos terem o que comer
Aquelas crianças da escola ou outras jogando bola
quando raramente se tem um momento de lazer Eu sou o teórico prático
Pra ti sou o Rap, por ele sou tático
E demonstro na prática representando você

Eu vim do gueto o chamado desespero
pros que nasceram à beira no berço diferente do que o meu
Eu sou a mãe que teme a sirene do carro da Pm
que matou um inocente que era filho seu
Eu sou o idoso abandonado pela família que sempre enfrenta fila
Pra sacar sua aposentadoria
Eu sou o jovem que trabalha e estuda que se empenha e tanto luta
Pra um dia ser alguém na vida

Então não me iludo, pois tudo tem sua forma
mas o que conforma é o conteúdo
Entre corruptos e honestos a quem devo a honra
de quem são os méritos
Eu não julgo só conjugo no presente do futuro do pretérito
Tudo em desordem é progresso
Já estamos submersos digo isso em verso pra por do avesso o inverso
É isso que eu prezo e peço quando rezo Véio
O progresso está de volta, então anuncie o seu regresso

Eu sou o herói que aparece toda vez com as compras do mês
com todas as contas em dia
Eu sou aquele que pega o trem lotado todo dia pro trabalho
de um salário essa pouca mixaria
Estou nos becos nas vielas nos morros nas favelas
sou a voz dela e dos que sentem oprimidos
por isso eu digo que vivemos no perigo
Quem é polícia quem é bandido nós que somos vistos como inimigos

Letra enviada por WELLINGTON COSTA COUTINHO

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