Penduro minha túnica

Deixando água morna entrar

Quero agora ficar bem sozinho

Pela primeira vez livre na vida

Hoje não haverá nenhum amanhã

Profundo, tão profundo

Profundo, tão profundo

Saudade acentua se em meu coração

Em minhas veias uma dor enfurecida

A lâmina arando-se em minha carne

Colorindo a água

Igual ao entardecer

Profundo, tão profundo

Profundo, tão profundo

Rasga abrindo minhas veias

Deixa meu sangue escorrendo

Fica em silencio, eu fico leve

Uma luz brilhante

A minha dor do suave corpo

Profundo, tão profundo

Profundo, sim, tão profundo

Profundo, sim, tão profundo

Profundo, sim, tão profundo

Profundo, sim, tão profundo