O Crime do Circo
A vida do artista é uma ilusão
Arrisca sua vida pra ganhar o pão
Pois veja o exemplo do que aconteceu
Com nossa Zezinha que quase morreu
No palco de um circo a cena se abriu
Tocando e sorrindo Zezinha surgiu
Um homem do povo o palco invadiu
E com um punhal a Zezinha feriu
Zezinha pensava que seu agressor
Viesse até ela trazer uma flor
E foi por milagre que ela escapou
De perder a vida na hora do show
Do povo presente se ouvia o clamor
Por ter presenciado a cena de horror
Os homens queriam linchar o agressor
Que disse que ia matar por amor
Por ser tão querida, por ter tanta fama
Sabendo que a Zeza estava de cama
Chegou muita carta, também telegrama
Rezaram pra ela voltar ao programa
Por ser uma moça de espírito forte
Saindo do leito ao vencer a morte
Mostrando ter alma de tão grande porte
Zezinha perdoa o moço do norte
("A quem foi o causador
Da grande dor que passei
Peço à Deus que o perdoe
Porque eu já perdoei
Peço à Deus que abençoe
Todos que me visitaram
As cartas, os telegramas
Que tanto me confortaram")
Na vida do artista nem tudo é fulgor
Tem nosso caminho o espinho e a flor
O que nos conforta é a prova de amor
Que o povo nos dá nas horas de dor
Compositores: Luiz Raymundo (Luizinho), Diogo Mulero (Palmeira)
ECAD: Obra #3372688Ouça estações relacionadas a Luizinho, Limeira e Zezinha no Vagalume.FM