Tenho saudade da companheirada Gente camarada do maior respeito E aos domingos na venda da estrada Fazia trucada todo satisfeito
Eu pra enfezá o jogo de truco Sempre fui maluco e metia os peito Quando eu trucava outro respondia A gente ouvia grito desse jeito
("- Lá vou eu pançudo Aqui não passa, cachorro magro Entonce, truco mesmo Caia paquera de porco Tô aqui, feição de bugio Eu vou com seis, danado, parei na esquina Conheceu, papudo A primeira é dos pinto Dá uma pinga aí ô Bota aí, vai botando pinga aí Eu também quero e da boa Põe pinga pra tomo mundo aí Ô, tá boa mesmo")
Na brincadeira o tempo corria Tudo esquecia do seu compromisso Zé Botinudo cheio de esperteza Com a sua destreza era um reboliço
Ele gritava, tudo se xingava Mas ninguém brigava, nunca teve enquiço O jogo ia até segunda-feira E a noite inteira só se ouvia isso
("- Ficô com medo, Zé do Mato? Lá vai, caboclo Truco Macaco que pula muito qué chumbo Seis, Corujão Tá fazendo grandeza à toa, Piquá Toma nove, papudo Ajunta dois que vem chumbo, Zé do Mato Doze, porquêra Ah! quando eu tinha dezoito ano Era a mesma porquêra de hoje Guarda a faca, Zé do Mato Uai, não se pode mais picá fumo, gente? ")
Tenho saudade da companheirada Gente camarada do maior respeito E aos domingos na venda da estrada Fazia trucada todo satisfeito
Eu pra enfezá o jogo de truco Sempre fui maluco e metia os peito Quando eu trucava outro respondia A gente ria tudo satisfeito
Compositores: Luiz Raymundo (Luizinho), Ado Benatti ECAD: Obra #3373866