Baby enquanto um velho mestre de Blues Radioativa nas ondas sonoras do carro Tome um fósforo e ao dos anjos Acenda o último cigarro que aquele bêbado lhe deu E Blueslamente comigo os tempos cínicos e cruéis Para o Cowboy delicado que você diz que sou eu
Ah! você lembra naquele tempo Quem não queria tomar o poder E que mãe não tomava comprimidos pra dormir É proibido proibir Ora ora o poder humilhação e violência Vocês querem bacalhau ao vencedor as batatas O troféu abacaxi e por falar em política Os meninos de rua já sentem na pele A verdade nua e crua do que nos aconteceu
Hum! marginal bem sucedido E amante da anarquia Eu não sou renegado sem causa oh! não E uma dose de amor esse artigo sempre em falta Cairia muito bem em mim melhor que a dose de Gim Jogada em meu cartaz de procurado De vira lata de mercado Com a pata esmagada por um trem
Ah! e fique aqui só entre nós dois Esse papo amarelo de dor Que rima com conversa mole de amor Você sabe eu prefiro a inocência do sexo E a pureza da paixão Depois do amor o tédio e a solidão Quem diria ontem à noite na cama Me senti arrasado com você me chamando Um bandido idiota canalha indecente Transviado e machão
Ah! enquanto essas senhoras e esses senhores Viram o jogo contra nós E poem o mundo a seu favor que horror! Conversações de marginais sobre a terra devastada Em meio à nossa guerra civil Desde Cabral o Brasil é Brasil Guardo-lhe como presente O meu modo masculino raro e fino De trovador eletrônico ciberneticamente a mil
Oh! baby tudo vai dar pé você sabe eu também sei Qual é o problema, hum! mas pelo sim pelo não Me dê sua mão igual ao seu coração (All we need is love) E num abraço apertado da cor do pecado Aquele beijo molhado escandalizado Daqueles de cinema
Compositor: Antonio Carlos Belchior (Belchior) ECAD: Obra #1204880 Fonograma #14076775