Sim, sou franco em dizer Se o caso é de samba Se a roda é de bamba Eu não sei me conter Me embolo no dengo dos balangandãs Na moça que ginga ao som dos tantãs Só volto pra casa quando amanhecer
Venho das noites de festas Do som da curimba lá no terreiral Sou herdeiro direto da linha de umbanda Sou bamba e senhor no quilombo geral Aprendi na senzala a tristeza da rima Do chicote que estala e reduz a ruína Vi fluir a maldade no peso da argola Chorei a liberdade que estava em Angola É por isso que o samba me bole no peito É por isso que a noite me faz tão feliz É a força que vem da raiz
Sim, sou franco em dizer Se o caso é de samba Se a roda é de bamba Eu não sei me conter Me embolo no dengo dos balangandãs Na moça que ginga ao som dos tantãs Só volto pra casa quando amanhecer
Hoje que enfim predomina A beleza da raça abrindo o caminho Espalhando o seu canto de libertação E a magia de Zambi vem dar proteção Uma luz que alumia meu camutuê Que afasta o batuque no mal do canjerê É no meu coração que eu sinto o clamor A cruel cicatriz da tristeza nagô É por isso que o samba me bole no peito É por isso que a noite me faz tão feliz É a força que vem da raiz
Compositor: Roque Augusto Ferreira (Roque Ferreira) (SOCINPRO)Editor: Sony Music (UBC)ECAD verificado obra #3598137 em 01/Abr/2024 com dados da UBEM