Seu moço preste atenção Procure me compreender Bem certinho vou dizer Se o senhor me permitir
Este imenso progresso Que cobre o Brasil de glória Analisando a história Eu ajudei construir
Hoje os meios de transportes São por vias asfaltadas Mas as primeiras picadas Fui eu que ajudei abrir
Com o meu carro de boi Arroxo de couro cru Cambito de guatandu Vueiro de cambui
Cortava terras barrentas Nas ferragens dos rodeios Nos rigidos pamoeiros Nos estalos dos cansis
Carregado de cereais Eu seguia passo a passo Caprichava nos chumaços Pro potrão fazer zunir
Na força do meu destino Desdobrando a sorte amarga Deitado embaixo da carga Ouvindo a chuva cair
Sem lamentar minha sorte Depois que a chuva passava De novo continuava Minha jornada seguir
Com fé na Virgem Maria Que sempre me abençoava E também me acompanhava Quando eu ia partir
A cantiga do meu carro Nas distante caminhava Na estrada sempre ficou gravada Na minha imaginação
Meu velho carro de boi Que tanto gosto me deu Caruchou e apodreceu Lá no fundo do galpão
Onde eu for enterrado Quero que deixe um letreiro Descança aqui um carreiro Pioneiro do sertão
Compositores: Jose David Vieira (J.david Vieira) (SADEMBRA), Luiz de Castro (ABRAMUS)Editor: Irmaos Vitale (SOCINPRO)Publicado em 2005 (18/Fev) e lançado em 1999 (10/Abr)ECAD verificado obra #41611 e fonograma #843039 em 07/Abr/2024 com dados da UBEM