Dizem que violeiro goza Mas violeiro é quem padece É violeiro que faz moda Dos causos que acontece
Quem escutar os meus versos Lágrimas dos olhos desce Perdemos um grande amigo Que o sertão jamais esquece Muita gente não aguenta Coração mole arrebenta Coração duro amolece
Nosso grande Teddy Vieira Que a todos queria bem Não reside mais na Terra Foi morar lá no além
O sertão de ponta a ponta Chora comigo também Nos quatro cantos da pátria Não quero magoar ninguém Mas vou usar de franqueza Campeando com vela acesa Um outro Teddy não tem
Da música sertaneja Teddy foi um defensor É duro seguir na luta Sentindo tamanha dor
Ele dava a mão a todos Violeiro e compositor Tem muita gente de fama Que subiu com seu favor Um grande amigo do peito Nunca teve preconceito Nem de raça e nem de cor
Na suas veias corria Sangue puro brasileiro Era sangue de caboclo Era sangue de violeiro
Dos versos que ele deixou Valem mais do que dinheiro Morre o homem e fica a fama É um ditado verdadeiro Embora com muito custo Nós vamos erguer um busto Deste grande companheiro
Adeus meu parceiro de composição Adeus companheiro do meu coração O velho berrante chorou no sertão Tocando silêncio da imensidão
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)
Compositores: Lourival dos Santos (Lourival Santos), Moacyr dos Santos ECAD: Obra #18933