“Certa vez uma caneta foi passear lá no sertão Encontrou-se com uma enxada, fazendo a plantação. A enxada muito humilde, foi lhe fazer saudação, Mas a caneta soberba não quis pegar sua mão. E ainda por desaforo lhe passou uma repreensão.”
Disse a caneta pra enxada não vem perto de mim, não Você está suja de terra, de terra suja do chão Sabe com quem está falando, veja sua posição E não se esqueça à distância da nossa separação.
Eu sou a caneta soberba que escreve nos tabelião Eu escrevo pros governos as leis da constituição Escrevi em papel de linho, pros ricaços e barão Só ando na mão dos mestres, dos homens de posição.
A enxada respondeu: que bateu vivo no chão, Pra poder dar o que comer e vestir o seu patrão Eu vim no mundo primeiro quase no tempo de adão Se não fosse o meu sustento não tinha instrução.
Vai-te caneta orgulhosa, vergonha da geração A tua alta nobreza não passa de pretensão Você diz que escreve tudo, tem uma coisa que não É a palavra bonita que se chama.... educação!
Compositores: Pedro Astenori Maragliani (Capitao Balduino) (SICAM), Teddy Vieira Azevedo (Teddy Vieira) (UBC)Editor: Universal Music Publishing Mgb Brasil Ltda (UBC)Publicado em 2003 (15/Mai) e lançado em 2003 (01/Jun)ECAD verificado obra #3376204 e fonograma #651648 em 29/Out/2024 com dados da UBEM