Faz dias que eu sinto esse vento norte inquieto e inconstante varrendo a paisagem
A chuva se faz anunciar feito a sorte quando são escassas aguada e pastagem
João Grande solito na várzea pousado o gado se "ajunta" pra lá do rodeio cavalos na sombra suando parados e a estância se apronta que vem tempo feio
é escuro pro lado donde a chuva começa e vem levantando esse cheiro de chão o peão da invernada retorna com pressa buscando o abrigo fiel do galpão
o mundo estremece o trovão é quem canta o raio recorta da tarde um pedaço o campo se ajoelha o céu se levanta e o vento da chuva reponta o mormaço
nas velhas que benzem tormentas e almas com nacos de sal sobre um velho balcão a fé se debruça e o vento se acalma e chuva se amansa olhando o rincão
o homem levanta o chapéu e bombeia o pasto rebrota e verteja de novo e a chuva que chega na seca mais feia é feito a esperança nos olhos do povo
o mundo estremece o trovão é quem canta o raio recorta da tarde um pedaço o campo se ajoelha o céu se levanta e o vento da chuva reponta o mormaço
Compositores: Leonel da Silva Gomes (Leonel Gomes) (UBC), Rodrigo Nolibos Bauer (Rodrigo Bauer) (ABRAMUS)Publicado em 2008 (21/Mai) e lançado em 2008 (30/Mai)ECAD verificado obra #1009033 e fonograma #1361256 em 06/Abr/2024 com dados da UBEM