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Integrante da turma de roqueiros que tomavam as ruas da capital pernambucana nos anos 70 (de bandas como Ave Sangria e músicos como o guitarrista Robertinho do Recife), Lenine foi, assim como muitos de seus amigos, se interessando aos poucos pela MPB – em especial, aquela de cheia de sofisticação e energia, de Gilberto Gil e Milton Nascimento.

Em 1981, já morando no Rio de Janeiro, ele deu o primeiro passo de maior importância em sua carreira participando do festival MPB 81, da TV Globo, com a composição “Prova de Fogo”. No ano seguinte, lançou o seu primeiro LP, Baque Solto, gravado em parceria com o conterrâneo Lula Queiroga – mas infelizmente o disco não teve grande repercussão na época, apesar da força de músicas como a “Prova de Fogo” e “Trem Fantasma”.

Após uma participação também não muito bem-sucedida na banda de rock Xarada (que teve a música “Mal Necessário” incluída na trilha do filme Rock Estrela, de 1985), Lenine se retirou da mídia, só voltando em 1993, com o disco Olho de Peixe, dividido com o percussionista Marcos Suzano. Graças a esse álbum e ao fato de algumas músicas suas terem sido gravadas por Elba Ramalho (“Feitiço”), Margareth Menezes (“Nas Terras de Cabral”), Fernanda Abreu (“Jack Soul Brasileiro”), Badi Assad (“A Gandaia das Ondas”) e Sergio Mendes (“Maracatudo”), o cantor, violonista e compositor acabou se destacando em meados da década de 90 como uma das promessas da nova MPB e chegou enfim ao seu primeiro disco solo em 1997: O Dia em que Faremos Contato, no qual misturou música eletrônica, samba e ritmos nordestinos e com o qual conseguiu seu primeiro grande sucesso sozinho, “Hoje Eu Quero Sair Só”, embora músicas como “A Ponte”, “Balada do Cachorro Louco” e “Dois Olhos Negros” também tenham ficado bastante conhecidas por causa dos shows.

Dois anos depois, veio Na Pressão, disco em que ele repetiu o formato sonoro, apresentou músicas como “Paciência”, “Alzira e a Torre” e “Relampiano” (parceria com Paulinho Moska) e com o qual excursionou com sucesso pelo Brasil e exterior (especialmente Europa).

Em 2002, foi a vez de Falange Canibal, álbum em que Lenine recorreu a uma série de produtores e músicos, inclusive os integrantes do grupo americano de rock Living Colour. Músicas como “O Silêncio das Estrelas” e "Rosebud (o Verbo e a Verba)", parceria com o velho amigo Lula Queiroga, logo viraram sucessos.

Em 2004, apenas com o percussionista argentino Ramiro Musotto e a baixista cubana Yusa, Lenine gravou na Cité de La Musique, em Paris, o seu primeiro disco/DVD ao vivo, In Cité, em que cantou sucessos e também inéditas como "Do It".

Em 2005, ele lançou "Brésil, Brésils" (Brasil, Brasils), música que compôs, a convite, para o Ano do Brasil na França.


Fonte: site Sony BMG

Site oficial

www.lenine.com.br