E aí, bele?

Tem tempo que eu queria te conhecer
Tentar te ensinar algo, e ao mesmo tempo aprender
Me chamo Lejow, prazer
E já estou a alguns anos tentando viver
De um sonho que pareceu distante
Até o instante em que decidi viver

Nada melhor que ser você
Mesmo que o mundo se esforce
Pra você não ser você
Se ensine a ser você

Não queime seu ciclo só pra ter
Se o ter é só por ter
Pra que ter?
Se pra ter o mundo
Basta ser você

Sinto que pra mudar tudo
Basta regar mudas
E ver crescer

Se libertar do casulo
Requer guiar dores
E se entender

Se expor na pintura
Com todas suas cores
Te obriga a perceber
Que essa agonia no peito
É sua alma implorando por ser você

Se o certo é ser igual
Qual a graça em ser normal
Nascer já é teatral
Roteirize o seu final

Já percebeu que
As vezes escutamos músicas
Sem nem prestar atenção?
As vezes não
Quase sempre ouvimos em vão
Não apreciamos, precificamos
E aos poucos deixamos
De sentir um bom som
O êxtase em extinção
Enquanto o coração
Faz vista grossa

A música é carisma puro
Ela sempre me apoia quando to na fossa
É luz, é minha melhor amiga
E pode ser sua, ou espera que possa

Traduz os sabores do espírito
Salga, azeda, apimenta, adoça
É deles, é sua, é nossa

Se o certo é ser igual
Qual a graça em ser normal
Nascer já é teatral
Roteirize o seu final

O nascer já é teatral
Até o parto faz parte
É o primeiro ato da peça da vida
O primeiro tato com a arte

E se até hoje você não é quem sempre quis ser
Porque não finge?
Seja ator e Roteirista da sua própria história
Enquanto o caos dirige

Mesmo caótico, o futuro é seu
Passado é o presente que você perdeu
Sim, Tudo acontece por uma razão
E essa razão, quem decide é seu eu

No fim quem define é quem de fato quer
Ser contramaré, contra selvageria
Na dúvida, abuse da fé
Reproduzindo empatia

Se o certo é ser igual
Qual a graça em ser normal
Nascer já é teatral
Roteirize o seu final