Kubik
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Era Chegado o Tempo

Kubik


era chegado o tempo dos discursos inĂșteis
quando o inverno se perfila no horizonte a drapejar bandeiras descontentes
as famílias recolhem à lareira a contar as mortes que sobem na chaminé
em golfadas ardentes
afogueadas pelas chamas
crianças com pés de lã
enroscadas no sono
sonham monstros a invadir-lhes o terreiro de brincadeiras
quase fogem
nĂŁo fora a estranha incapacidade de se moverem
paralisadas
pelo medo
gritam entĂŁo e abrem os olhos num estremecimento repentino
assustadas!
o espĂ­rito inquieto que lhes assombra a fronte
procurando reconhecimento nos rostos macerados
que as olham distantes na névoa avermelhada
era chegado o tempo das histĂłrias antigas
num ressoar de mistérios e castigos
almas penadas escondem-se no calor das ĂĄrvores
a soprar murmĂșrios pelo silĂȘncio da noite
e quando os vampiros espantam os garranos em relinchos estridentes
os cocheiros perscrutam o céu

paralisadas

pelo medo

Composição: [letra: Adolfo LuxĂșria Canibal]

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