Chove na tarde fria de Porto Alegre Trago sozinho o verde do chimarrão Olho o cotidiano, sei que vou embora Nunca mais, nunca mais
Chega em ondas a música da cidade Também eu me transformo em canção Ares de milonga vão e me carregam Por aí, por aí
Ramilonga, Ramilonga
O trânsito em transe intenso antecipa A noite Riscando estrelas no bronze do temporal Ares de milonga vão e me carregam Por aí, por aí
Ramilonga, Ramilonga
O tango dos guarda-chuvas na Praça XV Confere elegância ao passo da multidão Triste lambe-lambe, aquém e além do tempo Nunca mais, nunca mais
Do alto da torre a água do rio é limpa Guaíba deserto, barcos que não estão Ares de milonga vão e me carregam Por aí, por aí
Ramilonga, Ramilonga
Ruas molhadas, ruas da flor lilás Ruas de um anarquista noturno Ruas do Armando, ruas do Quintana Nunca mais, nunca mais
Do Alto do Bronze eu vou pra Cidade Baixa Depois as estradas, praias e morros Ares de milonga vão e me carregam Por aí, por aí
Ramilonga, Ramilonga
Vaga visão viajo e antevejo a inveja De quem descobrir a forma com que me fui Ares de milonga sobre Porto Alegre Nada mais, nada mais
Compositor: Vitor Hugo Alves Ramil (Vitor Ramil) (UBC)Editor: Pandorga (UBC)Administração: Universal Music Publishing Mgb Brasil Ltda (UBC)Publicado em 2023 (01/Nov) e lançado em 2023 (25/Ago)ECAD verificado obra #6755032 e fonograma #46048591 em 05/Abr/2024 com dados da UBEM