Ainda lembro-me bem como eras no passado mais forte mais linda Qualidades excepcionais por isso apelidaram-te Cabinda Todos ficavam encantados, tu tinhas muitos atributos O brilho dos teus olhos não era só petróleo bruto
Tu tinhas tudo por isso os "Mundeles" ficavam com insónia Teu cabelo uma floresta que se comparava com a amazónia Eras mais independente, não precisavas dos vizinhos Tua terra era mui fértil, agua pura vinha dos rios
Teus costumes eram sagrados e transmitias aos teus filhos Tuas tradições profundas se confundia com feitiço E lá na "buala", era só "Fyote" "Eminglé" e dançar "mayeye" Na hora da "Tchimesa" batia bue "saca-bitete"
Resististe aos holandeses, Portugueses e Congoleses Mais os teus próprios filhos encontraram em ti um preço Hoje quando olho pra ti, meus olhos enchem de lágrimas Deixaste de ser a única pra seres a décima oitava
2ª Estrofe
Tchiowa minha vida, meu berço minha partida, meu regresso Tudo que devo pra ti não se resume nesses versos Eles mentiram disseram que viverás feliz pra sempre Jogaram a tua esperança la no deserto do Namibe
Agora é triste olhar pra ti, estás frágil sem escolha Partiram a "casa das tintas" só pra seres a Miss Angola Banalizaram o teu "Kintueni" pra estares no Top Kuduro Exploram todos recursos agora o teu mar está mais escuro
É duro perceber que tudo so foi piorando com tempo E que todos teus recursos so te valem dez por cento Não entendo, apesar de tantas riquezas que tu tens Estás frágil, sem energia e teus filhos morrem de sede
Sem essas estradas asfaltadas com essas escolas degradadas Nossa Tchiowa está arruinada e seus filhos não fazem nada Nossa Tchiowa está arruinada e seus filhos não fazem nada