José Portella Delavy
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Gineteada no Uruguai

José Portella Delavy


Eu desde menino não creio em destino
Nos pagos sulinos ninguém me alacaia
Gaúcho tropeiro do chão brasileiro
Por ser companheiro não tem quem me traia

É bom que se diga gosto de cantiga
Não gosto de briga, não faço tocaia
Por ser afamado, domador do estado
Já fui convidado da terra uruguaia!

Com brilho no céu, quebrei o meu chapéu
Pra montevidéu fui marcando raia
O dia clareava, por lá eu chegava
Ver se gineteava uma tal égua baia

A bicha ligeira era fazendeira
A filha primeira do tal Pedro maia
Foi gente de grosa ver tirar a prosa
Da égua famosa da terra uruguaia!

Montei sem temer, ouvi o povo dizer
Hoje eu quero ver se o peão não desmaia
Pro ar eu subia e uma voz se ouvia
Que pra mim dizia: - gaúcho não caia

A égua domei e depois apeei
Pro povo gritei, sem medo de vaia
Não quero quem pense que fama me vence
Eu sou rio grandense, plateia uruguaia!

Mesmo no cansaço, com desembaraço
Recebi um abraço da dona da baia
Tão linda, tão bela, pedi o nome dela
Voz doce singela, respondeu: -zoráia!

Me fez a proposta e eu dei a resposta
Quem é que não gosta de um rabo de saia
Hoje me compreenda, sou dono da prenda
Fiquei com a fazenda e china uruguaia!

Composição: José Portella Delavy e Ademar Silva

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