Era inverno e chovia E nesse tempo nascia Um caboclo bravo e forte De situação oprimida Ele assim varou a vida Lamentando a triste sorte
Era moço idealista Sem ser, porém, ativista Nem tão pouco agitador Por uma coisa sofria Era ver um bóia fria Nas garras do explorador
Entoou canção de guerra Por amor à sua terra Lutou sem arma e trincheira E disse, seu coronel Eu não colho seu café Sem registro na carteira
Oi Brasil O seu povo é diferente Oi brasileiro Sangue bravo, sangue quente
O coronel assustado Compreendeu que estava errado Empregá-lo sem contrato Deu à ele a vitória Pois nos anais da história Há o registro do fardo
Mandou chamar o matuto Braço forte do chão bruto Que julgou se vagabundo E disse sem mais contenda Você na minha fazenda É o melhor homem do mundo
Não teve quem não gostasse Daquela luta de classe Sem armas de arsenal E neste ponto é que eu vejo Que um caboclo sertanejo É uma glória nacional
Oi Brasil O seu povo é diferente Oi brasileiro Sangue bravo, sangue quente
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)
Compositores: Osvaldo Franco (Dino Franco) (ABRAMUS), Vicente Pereira Machado (Vicente P. Machado) (SICAM)Editor: Peermusic do Brasil (UBC)ECAD verificado obra #70407 em 02/Abr/2024 com dados da UBEM