Na boca da noite, meu pingo encilhado Me olha entonado rodeando o palanque O mês inteirinho lidando na estância E o clamor dessa ânsia não há quem estanque
Bombacha novinha, comprei no bolicho E dê-lhe capricho num banho de sanga Sorriso na cara, que as magoas espanta Me vou pra bailanta campeando uma tianga!
E dê-lhe que dê-lhe! É trote e galope Meu pingo estradeiro conhece este taita E na ânsia de baile, de china e alvoroço Parece que ouço um resmungo de gaita Na volta do cerro, na beira do passo Escuto o compasso de gaita e pandeiro Me apeio na frente do rancho barreado E não fico assustado do olhar do potreiro Já parto, já entro e me vou lá pra copa Meus olhos se topam no olhar da morena E penso comigo... é essa que aperto E a noite, por certo, vai ser bem pequena
Compositor: Adair Rubim de Freitas (Adair de Freitas) (ABRAMUS)Editor: Terra Sul (SOCINPRO)Publicado em 2021 (15/Mar) e lançado em 2020 (14/Set)ECAD verificado obra #2238844 e fonograma #25747270 em 05/Mai/2024 com dados da UBEM