Se à mulher a natureza já impôs nascer com regras Quem melhor que a mulher negra pra saber como se reza
Se à negra foi imposta como regra a cor grená Menstruada pelas costas quando está ou não está
Escorrendo da chibata quanto sangue ancestral Que ao sol um grosso sal absorve nas mulatas
É que antes mulher negra muito antes tudo tinha E de tudo foi rainha sendo mito sem ser grega Quando Deus não era um Quando o pai era Oxalá Sua boca foi Oxum O seu choro, Iemanjá
Os seus olhos, Iansã Sua pele foi Obá Quando a negra era Pã Deusa terra água e ar É por isso que em seu peito Leite e fé não vão faltar Por bem mais que ela aceite o açoite que ainda há
No sangrar do preconceito contra o mais belo matiz Ó vermelho, enfeita o preto Pomba, gira o teu país
Compositores: Gerson Ney Franca (Gerson Franca) (SICAM), Irineu Marinho Messias Moreira (Irineu de Palmira) (UBC)Editor: M.w.m. Editora (AMAR)Publicado em 2012 (10/Mai) e lançado em 2012 (24/Jun)ECAD verificado obra #4668992 e fonograma #2476063 em 04/Abr/2024 com dados da UBEM