Correndo nas ruas Pensando naquelas curvas, naquelas puras duras Invenções da mente, pensando que mente Quem sente por todos os poros entende Não fica dormente A pele que é preta sente, e sente pesado Quando a mão que oferece é a mesma que te dá um prato Envenenado do próprio veneno Nem vendo que é fardo De pensar errado Sentir errado Medo de ser enganado, (tô farto)
E justo mudando de assunto Na mesa do banquete nacional Somos deixados de lado (é claro) Cuidado isso pode ser fatal Pois gado bom, é gado degolado (Gado bom é gado degolado)
Seu zé que me guia, mundo cão que te pisa me afoitei para cobrar Bordoada de som pra te desnortear Pilintra me guia, esse cão não nos pisa brotamo pra arregaçar Se ponha no seu lugar rapá
Agora bota o capacete que lá vem porrete E as horas que virão serão caóticas Já pensou um mundo de diversas óticas Pontos cegos de uma mesma lógica Uma, duas mil mortes por dia E o pé não sai do acelerador A espera de um milagre que viria Tamo morrendo, no corredor E o genocida do ex- presidente Que só quer o cadáver da gente Ele mal sabe sou cria de zacimba E o meu veneno já tá de cima Eq isso não vai ficar assim O certo é o certo e não é só pra mim Vou falar aqui pra ficar registrado Aí de quem queira me deixar calado Recado dado é recado explicado depois não diga que não tá lembrado Que tudo que é nosso, será cobrado