Ideologia e Tal
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Sai, Sai do Meio!

Ideologia e Tal


Lá vem dobrando a esquina, luz vermelha azul piscando
O olhar do sanguinário na perícia causa espanto!
É sim senhor! é não senhor! tem que tratar assim
Os ratos querem ter todo respeito e nenhum por mim
Não fique de bobeira pra não ser mais um finado,
Na mira de um louco, incompetente um desvairado.

Um doente psicopata pra fazer a proteção,
Num bolso tem biscoito e no outro munição,
Bala de verdade, caleja! já sei caramelo é ponto 40!
Projétil de uniforme pra barão róla propina!
Agora se é favelado de preferência pé inchado
Serve de saco de pancadas na mão de um puto drogado
Mãos sobre a cabeça, na mente a incerteza,
Será que saio dessa? o descontrole me atormenta!

O cheiro da erva eles mesmo que trouxeram,
O flagrante no bolso foram eles que colocaram
Apresentam armas, pancada na cara,
Um vacilo seu resulta em bala, cavalo pisa no seu pé
Bala de borracha, hematomas pra vida inteira
Se acham que é exagero, me aponte quem é o bandido:
Aquele que rouba com fome ou aquele que tem distintivo?
A criança se treme, a cor cinza causa medo,
A força desnecessária já não é nenhum segredo
Presente para os pobres, pros pretos brasileiros

Cacetetes, cães, bombas de gás lacrimogênio!

Vai! sai do meio se puder! só quem fica quem é zé!
Vai jow! quer argumentar então se prepara!
Pra porco ignorante, discussão é na paulada.

(refrão) 2x
Sai, sai do meiôô!
Se não leva borrachada!
Sai, sai do meiôô!
Pra não cair na pancada!
Então fica se quizer,
Faça algum barulho e nunca mais ficará em pé

Dá um bico em minha boina e eu fico doido,
Bagunço o meu rolé, bem antes das oito!
Me chama de ladrão, marginal e vagabundo,
Julgo desigual da idéia e é sujo, bota pra trincar,
Os parceiro na parede, fala sempre alto, sempre joga uns verde!
Chego, nunca esteve, cheguei e já sumi,
Muitos dessa forma, por aqui eu já vi,
Desentoca o terror, seja em quem for,
Quem for o mais fraco não suporta sua dor véI,
Ser humilhado, desbaratinado, se o sistema é assim
Quem é que ta errado?

Eu com minha toca, meu boné e meu pisante,
Eu com meu cordão, minha pulseira, meu ciclone,
Aí fudeu, posso ser até gente boa, ninguém se mexe,
Cala a boca essa é a escolha, mundo xarope,
Só sobrevive os fortes, fortes na idéia e no cão ninguém pode,
Pois sorria, você está sendo filmado, a favela tá de olho
Botando fechado, com a inteligência, sem arma e sem treta,
Com muito orgulho e com muito rap na veia, é desse jeito
Mascote bota pra moer, se tem cabrito aí tem é que fuder!


(refrão)

Cuidado com o role na madrugada fica esperto,
É bom estar ligeiro, vivo e olho bem aberto,
Se vem uma luz estranha, virando na esquina é bom correr,
Ficar pra ver o resultado é se arriscar!
Eu já presenciei cenas
Que não valeria a pena citá-las no meu som,
É incitar a violência, então fazer o quê?
Mexer em casa de abelha,
Ninguém aqui é louco pra dar murro em ponta de faca,

Cai na borrachada sem documento na mão,
Na boca da escopeta ou na do pastor alemão,
A botina engraxada não é nada engraçada,
Torcem seu tornozelo te fazendo abrir a perna,
Por isso é que eu não sei de nada,
Eu nunca vi nada é melhor assim,
Eu adoro esses ratos cinzas principalmente bem longe de mim,
Pra exterminar ladrão tem tropa de choque preparada,
Sai do meio zé que lá vem o terror da vila.

(refrão)

Letra enviada por Jordy Allyssomm

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