Um homem e seus sapatos Sujos, rasgados e gastos De tanto andar nos caminhos
Sapatos, que sempre o mantem no solo Pés no chão tiram dele os sonhos impróprios Pra onde anda? Pra onde deseja chegar Mesma batalha todo dia e não sai do lugar
Batalha, a mesma dele, povo brasileiro Trabalhador que apanha, segue pacífico e ordeiro Será que essa é a luta que encaminha a paz? Será que o povo precisa ser contundente um pouco mais?
Apanha, levanta, vota neles de novo Esquece o ontem e no amanhã volta a passar sufoco Publicidade que elege, não ideia propagada Sistema falido, corrupção legalizada
Sempre foi assim, 500 anos de caos Primeiro índios e negros e sempre os pobres Ideias fantasiosas surgem na mente Viajar nos pensamentos, realidade presente
Ataque suicida, um louco, uma arma Pega o desgraçado engravatado enche a cara de bala Acontecendo com o primeiro, inspirando outros A fazer o mesmo, justiça com as próprias mãos
E os sapatos do homem continuam a gastar sola Por onde anda vê miséria, a tv diz que é glória Que tudo mudou e o caminho é certo Não vejo isso, mantenho o pensamento desperto
Um homem e seus sapatos Sujos, rasgados e gastos De tanto andar nos caminhos Tortuosos e vastos
Um homem e seus sapatos Sujos, rasgados e gastos De tanto andar nos caminhos
Segue em frente, é um herói eu posso ver Trabalhador brasileiro que os céus se abram pra você A mão que faz a máquina funcionar Lamentável que o maquinista seja um sanguessuga
Tenta crescer, tenta mudar pra ver Consequência da batalha, futuro perto de você Sua expressão não é mais censurada Mas quando fala ainda tem a voz embargada
A voz diminuída pouco representada Morosidade e burocracia sendo pagas Parlamentares mais caros do mundo, Brasil Pro seu derradeiro fim tiros de fuzil
Quando o primeiro cair eles vão chorar Mas também devem com muito medo ficar Ao perceberem que agora o destino é outro Mate um corrupto pelo bem do povo
Tantos já morreram nas sombras, no esquecimento Se acham que é um devaneio só lamento Destino traçado, mão pesada que faz a máquina Está adormecida, vamos acorda-la
Pensar é diferente de ser escravo da razão O que se aprende nas ruas é o que preenche o coração A história do povo são versos lamentados A história de um homem e dos seus sapatos
Um homem e seus sapatos Sujos, rasgados e gastos De tanto andar nos caminhos Tortuosos e vastos
Um homem e seus sapatos Sujos, rasgados e gastos De tanto andar nos caminhos