Hiago Klauz
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Monstro de Curitiba

Hiago Klauz

Higiene Mental


O louco é ver que o mundo muda e a vida continua
Comédia vira estrela e quer brilhar mais que a lua
Playboy bate no peito e jura que é da rua
Carência da evidência faz ausência a solução
Esquece com a prece e só cresce a interrogação

Sou vulcão em erupção com a força do bem
Vivendo uma oração e ainda tô longe do amém
Tão sigo fazendo o impossível
Sem nível com a força intangível que a vida da
Parado pacato eu não vou ficar
Ligado e fadado também se pa
Correndo e me fodendo proque você vai achar

Além de qualquer barulho manifesto ou gesto fino
Ver minha mãe chorar de orgulho
Ao dizer esse é o meu menino
Saber chegar e sair em qualquer lugar que for
Valorizar o aqui e até onde chegou

As pedras que me atiraram, todas que eu atirei
Áqueles que levantaram e quando eu me levantei
E aí, já teve calafrio ao se ver no espelho?
Sensação de que o olhar da lua é o melhor conselho

Orar pro céu e pedir só uma razão pra ser feliz
Crescer e querer ouvir coisas que o faustão não diz
Distante, a cara fechada e o peito aberto
Avante, esse sempre foi o rumo certo

Respeito como guia, escrever de anestesia
Caminhando achando a agulha do palheiro todo o dia
Aprendi a dizer não e ficar quieto pra bobeira
A ver minha geração correr e esquecer que tá na esteira
E a questão é se meu neto vai saber o que é cachoeira

Reparo que é raro quem vai e não volta de repente
Cabeça sem revolta ou uma letra inteligente
Culpado o porco solta e é preso o preto inocente
Sei que o silêncio da noite me diz mais que muita gente

Aprendendo a aprender, vivendo pra vencer. você?
Nem me vê certeza no parecer
Feliz se empata lata é prata, se mata pra entender
Eu vou que vou e tô sem muito tempo pra cair
Cada qual com a sua real a minha é essa aqui

Agradeço por ter nascido onde eu nasci
Agradeço por ter vivido tudo o que eu vivi
Virei problema e sem emblema
Eu tô de pé na partida
Não sou garoto de ipanema eu sou monstro de Curitiba
Agradeço por ter nascido onde
Eu nasci agradeço por ter vivido tudo o que eu vivi
Virei problema e sem emblema
Eu tô de pé na partida
Não sou garoto de ipanema eu sou monstro de Curitiba

Bum, e é tão mais fácil copiar
Andar na trilha feita doque a própria criar
Destino tá traçado
É o que sempre vão falar
Só que eu tô com a caneta na mão
Então eu mesmo vou mudar
Percebo que é cedo e o medo só me faz agir
Tolero o lero lero o que eu quero tá logo ali

Clareza na viagem ideias infinitas
Com a certeza que talento e fama são coisas distintas
Encontrei no rap refúgio, liberdade
Prazer inexplicável descartável pra cidade

Onde tiro sangue e bosta se misturam com feto
Caem como os valores só que eu esgoto a céu aberto
Dinheiro é maldição é a vacina da verdade
Fala qualquer língua te da a prisão imunidade

Faz flagrante ou flagrado, açoite ou açoitado
Inocente ou culpado excluído ou convidado
Mas viu, ambição é boa só no papel
A maioria subiu, subiu e tá no céu

Eu vou trampar com a minha força com meu empenho
Porque o que essa porra não dá, graças a deus eu já tenho!

Agradeço por ter nascido onde eu nasci
Agradeço por ter vivido tudo o que eu vivi
Virei problema e sem emblema
Eu tô de pé na partida não sou garoto de ipanema
Eu sou monstro de curitiba
Agradeço por ter nascido onde eu nasci
Agradeço por ter vivido tudo o que eu vivi
Virei problema e sem emblema
Eu tô de pé na partida
Não sou garoto de ipanema eu sou monstro de curitiba!

Compositor: Hiago Rayan de Sa (Hiago Klauz)
ECAD: Obra #30089277 Fonograma #28680271

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