Helder Moutinho

Rua Deserta

Helder Moutinho


Naquela rua deserta
onde a esperança se revela
numa constante ilusĂŁo
HĂĄ uma porta entreaberta
ao lado de uma janela
onde mora a solidĂŁo

As pedras negras da rua
revelam que a madrugada
serve a sorte e o desejo
Sob a candeia da lua
vĂȘ-­‐ se uma boca fechada
no labirinto de um beijo

Os sonhos desvanecidos
Perdidos na desventura
das horas Ă©brias, tardias
SĂŁo presentes proibidos
Ă  espera de uma ternura
que morre todos os dias

Ao fim da tarde uma estrela
Surge tĂŁo pausadamente
que nem pede para ficar
Quase ninguém då por ela
Saudade que nĂŁo se sente
jĂĄ nĂŁo se pode matar

Na esquina bate o passado
e os versos de uma quimera
contam a história de alguém
Melancolia de um fado
nascido na Primavera
mas não sabe de ninguém

Naquela morada incerta
ao bairro da solidĂŁo
Luz vermelha da cidade
HĂĄ uma porta entreaberta
onde se perde a razĂŁo
para se morrer de saudade

Composição: Helder Moutinho Frederico Pereira

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