Ama o Pastor as ovelhas, Com um amor paternal, Ama o Pastor seu rebanho, Com um amor sem igual; Ama o Pastor inda outras, Que desgarradas estão, E comovido as procura, Por onde quer qu’elas vão.
Pelos desertos errantes, Vêem-se a sofrer penas mil, Ele ao achá-las, nos ombros Leva-as dltoso, ao redil.
Ama o Pastor seus cordeiros, Com inefável amor, Aos que, às vezes, perdidos, Gemendo se ouvem de dor. Vede o Pastor comovido Pelas colinas vagar, E os cordeiros nos ombros, Vede-O, levando ao lugar.
Ama as noventa e nove, Que no redil abrigou; Ama a que, desgarrada. No campo se desviou; "Ó minha ovelha perdida!" Clama o dolente Pastor; Quem irá em sua ajuda, Para salvá-la, Senhor?
São delicados teus pastos, Mui quietas tuas águas são; Eis-nos aqui. ó bom Mestre, Dá-nos veraz direção, Faz-nos obreiros zelosos, Enche-nos de santo amor, Pelas ovelhas perdidas Do Teu redil, bom Senhor.