O Céu
E eu já não vejo o seu rosto, mas ele me vê do céu
Ligar para a mãe, flores para o avô
Só me chegam coisas que não quero
Se não é para os meus, para que eu quero o dinheiro?
Aqueles que esperavam algo mais de mim
Essa ideia de viver por vocês nunca entendi
Sempre procurando algo que não tenho aqui
Isso tão efêmero que chamam de felicidade
Ninguém sabe como fazer a cabeça parar de girar
Como o mundo gira até que tudo acabe
Enche a geladeira enquanto enche as cidades
Com garotos que rimam músicas que você nem sabe mais
Tenho planos em que não conto mais com você
Em que, se eu começar a contar, não conto um amigo
Conto vampiros, se eu te disser, se eu te contasse
Vocês são todos como moedas: putas de duas caras
Tão separado de sua família que até forma outra
Você tem filhos, passam anos e você vive suas coisas
Com o Cristian desde criança e tem sido difícil pra caramba
Com a cabeça no céu e os pés na costa
O homem que cai de novo é como aprende a caminhar
Não tem nada a aprender aquele que não quer se levantar
O homem que cai de novo é como aprende a caminhar
Não tem nada a aprender aquele que não quer se levantar
E eu já não vejo o seu rosto, mas ele me vê do céu
Ligar para a mãe, flores para o avô
Só me chegam coisas que não quero
Se não é para os meus, para que eu quero o dinheiro?
Não moro onde vejo a costa
Umas colinas me separam dela
Vivo com quem não me suporta
Mas se deita comigo
Porque faz tempo que vivo comigo
Que brindo por voltar a ver aqueles que tenho
Já que muitos agora não estão comigo
E aos quais não dou um abraço porque
a vida os deixou no meio do caminho
Quando disse que estava claro, pego um voo
E do zero construo uma vida em Vigo
Longe dos meus amigos, dos meus inimigos
Pedro, parei para pensar
Quantas vezes parei para pensar
Que deveria abandonar os maus hábitos
Deixar os bares e me afastar do tráfico
Comprar uma casa na costa e ligar para a avó
Graças à vida que ainda me presenteia com ela
Juro fazer o que eu puder para que ela não esteja sozinha
Mesmo que tenha que deixar o que faço e não pisar nos palcos
E quantos poucos amigos até que chova verde
Você tem que controlar isso, as pessoas se perdem
Somos pessoas de aço, com casca forte
Mas temos que controlar isso, as pessoas se perdem
E eu já não vejo o seu rosto, mas ele me vê do céu
Ligar para a mãe, flores para o avô
Só me chegam coisas que não quero
Se não é para os meus, para que eu quero o dinheiro?
El Cielo
Y yo ya no veo su cara, pero me ve desde el cielo
Llamar a la mama, flores al abuelo
Solo me llegaban cosas que no quiero
Si no es pa' los míos, pa' qué quiero el dinero?
Los que esperabais algo más de mi
Lo de vivir por vosotros nunca lo entendí
Siempre buscando algo que no tengo aquí
Eso tan efímero que llaman ser feliz
Nadie sabe cómo hacer que la cabeza pare de girar
Como gira el mundo hasta que todo acabe
Llenas la nevera mientras llenas las ciudades
De chavales que rapean canciones que ya ni te sabes
Tengo planes en los que ya no cuento contigo
En los que si me pongo a contar no cuento un amigo
Cuento vampiros, si te digo, si yo te contara
Sois todos como monedas: putas de dos caras
Tan separado de tu familia que hasta formas otra
Tienes niños, pasan años y vives tus cosas
Con el Cristian desde crio y ha costao la hostia
Con la cabeza en el cielo y los pies en la costa
El hombre que se vuelve a caer es como aprende a caminar
No tiene nada que aprender el que no se quiere levantar
El hombre que se vuelve a caer es como aprende a caminar
No tiene nada que aprender el que no se quiere levantar
Y yo ya no veo su cara, pero me ve desde el cielo
Llamar a la mama, flores al abuelo
Solo me llegaban cosas que no quiero
Si no es pa' los míos, pa' qué quiero el dinero?
No vivo donde veo la costa
Me la separan unas cuestas
Vivo con quien no me soporta
Pero conmigo se acuesta
Porque hace tiempo que vivo conmigo
Que brindo por volver a ver a los que tengo
Ya que muchos ahora no están conmigo
Y a los que no doy un abrazo porque
la vida los dejó a la mitad de camino
Cuando dije lo tengo claro pillo un vuelo
Y de cero me hago una vida en Vigo
Alejado de mis amigos, de mis enemigos
Pedro me paré a pensar
Qué poquitas veces me paré a pensar
En que debía abandonar los malos hábitos
dejar los garitos y alejarme del tráfico
pillar una casa en la costa y llamar a la abuela
Gracias a la vida que aún me la regala
Juro hacer lo que yo pueda pa' que no esté sola
Aunque tenga que dejar lo que hago y no pisar las salas
Y qué poquitos amigos hasta que llueve verde
Tienes que controlarlo que la gente se pierde
Somos gente de acero de caparazón fuerte
Pero hay que controlarlo que la gente se pierde
Y yo ya no veo su cara, pero me ve desde el cielo
Llamar a la mama, flores al abuelo
Solo me llegaban cosas que no quiero
Si no es pa' los míos, pa' qué quiero el dinero?
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