Tudo o que tenho devo muito aos meus cavalos O baio ruano, o rosilho e o gateado! E as velhas ânsias incontidas de encilha-los Nunca mermaram no meu sonho ensimesmado
Busco na alma, se faltar força braçal Pelo instinto de obter o meu sustento Pois descobri que a serventia de um rural Para os meus quero deixar de ensinamento
Pouco me importa as perevas que castigam Os longos anos, que amiúde eu completo Se os ideais de vida e lida me instigam Sobreviver de um jeito simples e correto
Sulcos na fronte e os fios de cabelo branco São marcas rudes da minha própria identidade E ao ver no rosto de um rebento um riso franco É que desfruto da maior felicidade!
De tropeiro a domador forjei meus dias Pelas esquilas e alambrando me fiz taura E ao conseguir quase tudo o que eu queria Paguei o preço pra tornar-me um tapejara
Sei que a coragem não verga e não é fugaz Pra um coração e uma alma sem porteiras Então me inspiro, porque ainda sou capaz Mesmo alquebrado, sigo firme igual tronqueira
Compositores: Halber Monteiro Lopes (Halber Lopes), Joel de Freitas Paulo ECAD: Obra #13423218 Fonograma #12733862