O homem manifesta um câncer, perdido num enlace capital e se autodestrói sem saber onde vai parar.
Casas caem, famílias não sobrevivem, inspirações somem, e o fim nos consome.
Mas eu quero carros novos, Tv pra assistir novelas e mortos, e me comovo parado, fumando um cigarro.
E enquanto sobe o ibope, o lixo escorre, e enquanto sobe o ibope, animais morrem. E enquanto sobe o ibope, a gente corre, e enquanto sobe o ibope, a gente morre.
Luta, pobreza, dor, e a gente se escondendo seja onde for. Luta, pobreza, dor, é o nome desse câncer que você causou!
E o verbo que domina é TER, e o homem vive igual um marginal, e o único sonho que constrói, é o que vai comprar.
Todos morrem! A vida não é um filme! Numa casa de pau-a-pique, as leis quem é que infringe!?
Mas vou entregar meu voto, pra quem fala bonito e me promete ser sócio, nessa missão de ser louco, sucesso globalizado!
E enquanto sobe o ibope, o lixo escorre, e enquanto sobe o ibope, animais morrem. E enquanto sobe o ibope, a gente corre, e enquanto sobe o ibope, a gente morre.
Luta, pobreza, dor, e a gente se escondendo seja onde for. Luta, pobreza, dor, é o nome desse câncer que você ganhou!