Chora cordeona no repique da vaneira E a polvadeira tomando conta da sala Mescla o feitiço da farra que me provoca Ao que me toca depois que um trago me embala
Pego a bolada pra que passa negaciando Se chamarreando na cadência do gaiteiro Que quase atora a cordeona que golpeia Quando floreia ou que me chama pro entreveiro
Morena linda Te arrenega e me convida Que eu sou da lida e te agarro a unha num pulo Te quero mansa mas chucra também me agrada Pois na volteada tem coisas que eu não calculo Lá na grongueira Que a estância que eu sou mensual Vem pro buçal o que sobra pra quem se justa Não te comparo mas teu jeito malicioso Te arrasta o toso enquanto baila não me assusta
Te avisto assim tu que aos poucos me alucina Florão de china com ares de primavera Teu doce encanto alvorota o que se cala Pois te abaguala tenteando o golpe de espera
E eu peão de estância aclimatado ao serviço Tendo por vicio lida de campo e mangueira Mas me estravio campeando o que vale a pena Se esta morena me encontrar esta vaneira