Retrato meio azulado De noite longa e cacimba no ar Trapiche estendido no rio Ao afago lunar
Fervendo num cheiro marino Tainha da guarda pra gente jantar Esconjura magia certeira Pra me enfeitiçar
Então era sol Água do mar Bem na medida pra eu me afogar Era estrada Rumo incerto pra eu caminhar
Era forró Era ijexá Bem no compasso pra gente embolar Era o inverno Que vento sul anuncia ao chegar
Torpor e desembaraço O vinho barato que é bom de beber Dois corpos trançados na rede ao amanhecer
Silêncio e olho mareja Eu viro de lado Que é pra ela não ver Desgraço toda despedida Ao acontecer
Do jeito que veio Ela se enveredou Partindo sem saber se ia voltar Em algum cais de cartagena Quem eu gosto aportou No mar do caribe fez seu lar Eu compus um relicário Que confessa toda dor Da gente só se ver quando sonhar
Então virei poeta Entortando todo amor Que a vida me insistia apresentar E o inverno sempre teima em voltar
Então era sol e água do mar
Compositor: Renato Bittencourt Lemgruber Cortes Freitas (Renato Cortes) (UBC)Editor: Coqueiro Verde Records (ABRAMUS)Administração: Universal Music Publishing Mgb Brasil Ltda (UBC)Publicado em 2017 (24/Out) e lançado em 2017 (22/Set)ECAD verificado obra #18440985 e fonograma #14533982 em 07/Mai/2024 com dados da UBEM