Cabeça que eu tenha sempre para sempre lembrar (matutar) memória que eu nunca perca para nunca esquecer que tudo começou a muito tempo e há tenta coisa ainda pra fazer (claro) e sem saber daquilo que é passado o presente fica sempre mais difícil de se entender e de repente toda a gang grita e me convida pr'uma festa (modesta) e cai numa gandaia vaia berra desatina desembesta eu brinco vendo um copo de aguardente esquecido lá no canto (pro santo) de alguém que algum dia nos sorria após aquela batalha e no entanto é hoje apenas uma das lembranças é o brilho que realça as minhas danças ferida que aquele que viveu a nossa etapa vai levar por toda via sempre é o vinho que alimenta a necessária alegria e em mim a alegria é coisa muito mais que realizada e quem sou eu pra dar conselhos e cotar o pique da moçada (que nada) e fico rindo com a boca bem cheia de seus dentes (matutar/maturar) memória que eu nunca perca para nunca esquecer (viver) que apenas sou uma pessoa e que devo sempre estar presente cantando repetindo renovando e que o meu coração doido sente.
Compositor: Luiz Gonzaga do Nascimento Junior (Gonzaguinha) ECAD: Obra #1497576 Fonograma #529458