O dia vinha clareando prometendo ser comprido Saí assoprando no ouvido de um rusilho descarnado Mas do queixo calejado e refugado por bandido
Foi na pegada que eu disse,entre risos deboxando Quem ganha a vida peonando se governa nos arreios Abaixo de espora e relho,se tem quatro patas eu ando
Coitado louco de fraco, e com os "vazios"la no fundo Querendo achicar o "matungo" atropelei num sentado Que coiceou e caiu dobrado,falando forte pra o mundo
Vamo embora seco "véio" trato bem quem é mimoso Mas pra ti,caco tramposo que tens a fama de mau Te esfolo a cabeça a pau e esfrego os garrão no toso
Saltava esterco com barro da"donde" ele se afirmava Num contratempo eu soltava meu trançado sem ponteira Gritando viva a fronteira de um rebencaço que dava
Daí a pouco se deu volta,que baita golpe eu tomei Atordoado levantei vendo minhas rédeas de arrasto Achei a cincha e o basto e o resto nem procurei
Sigo lidando na estância,sem vontade contrariado Vendo o basto pendurado me lembro do caborteiro Mas vou seguir de caseiro bem longe do descarnado
Compositores: Carlos Alberto Melo de Oliveira (Beto Vilaverde) (ABRAMUS), Gerson Brandolt Fagundes (ABRAMUS), Glademir Teixeira Nunes (Passarinho Teixeira Nunes) (UBC)Editor: Gravadora Vertical (SOCINPRO)Publicado em 2012 (21/Mai) e lançado em 2012 (01/Abr)ECAD verificado obra #6380272 e fonograma #2481899 em 03/Abr/2024 com dados da UBEM