O povo vive apertado num grito que até da dó com a água em riba do toso e a soga no gogó dum lado grita os filho e do outro grita a muié sem haver outra maneira o indio queira ou não queira a barriga sempre quer
ropa e calçado é barato e se com pra uma vez por ano alem disso é coisa forte feita de curo e de pano o que é caro é a comida qualquer rancho é mais de cem e o que sempre foi barato a mandioca e a batata agora tá caro também
lá na terra onde eu morava a coitada da Maria ficava sempre faceira quando a linguiça subia por que ela comprava ovospra comer aquele dia e agora ela fala pro povo só por que tá caro os ovo acabou sua alegria
pra construir minha casa fui compra na madeireira eu comprei tabua mais barata de segunda e de terceira por morar em casa nova a mulher ficou faceira mas me faltou muita tabua e eu fiz uma meia água por que tá caro a madeira
com esta tamanha crise eu já ando de corpo mól só por que tá caro as bola eu não jogo mais futebol só se ve o grito dos homems reclamando pras muié n´outro golpe eu não me iludo por que já tá caro tudo e aguente quem puder
Compositores: Arlindo Vicente Rodrigues (Galo Preto) (SOCINPRO), Vanderlei J R da SilvaPublicado em 2009 (09/Set) e lançado em 1997 (01/Nov)ECAD verificado obra #21055908 e fonograma #1585266 em 07/Abr/2024 com dados da UBEM