Gabi Terreiro

20 Roseiras

Gabi Terreiro


Eu tô olhando pra trás
Eu tô descobrindo o que me faz
Ando pensando em sinais
Eu tô

Me julgando, tentando, cobrando demais
Respirando, buscando e roubando a minha paz
Ou será que jaz
Um verdadeiro e bom lugar
Com um belo e bom som que permita acalmar

São retratos, passados, cicatrizes
Mal relatos, traumas e suas raízes
Devaneios cheios de fumaça
A presa e sua caça, enquanto o tempo passa

E tudo se vai e tudo se vem
Enquanto o sol cai tá tudo bem
Diluo o horizonte com cores vermelhas
Eu plantei um pé de sonho e brotaram 20 roseiras

No capricho dos espinhos eu me recompus
No saciar da Lua refleti - me a luz
Vem bela dama e me seduz
Vem bela dama e me

E me marca com as tuas digitais
É química essa excitação no peito
É combustão que desencadeou
Selvagem e sem rumo da porta pra dentro

É gravidade zero sim
Planetas que arrancam minha órbita
Mas nesse universo me uni ao verso
E com um caderno aqui no meu canto eu tô

Me julgando, tentando, cobrando demais
Respirando, buscando e roubando a minha paz
Ou sera que jaz
Um verdadeiro e bom lugar
Com um belo e bom som que permita acalmar

Um bom som, com um tom daquele escrito
O lugar proferido, gramado e limpo assim
Verde como o mar
Insisto em encontrar, eu existo pra sonhar

Meu mano eu tenho tentado evitar
Tem tanto no mundo maldade no olhar
Que pode parar, eles querem julgar
A minha vida e o meu caminhar
Que é sem se olhar, sem enxergar
O quanto da vida vão desperdiçar
Que é pra relatar e confirmar
Que a vida tá boa se geral gostar

Que tudo vai bem em plena sociedade
Movida a remédios e vaidade
Aonde nem ligam pra margem
E nem se dispõem ao próximo
Seguem suas verdades e se perdem em seus óbvios
É lógico que

As lágrimas vão cair e vão regar
Vão me ajudar, vão me permitir pensar
E ao luar
Canções pra ela escrita
A vida bela a noite
Histórias comprometidas
Verdades e mentiras
Vidas bem contadas, histórias planejas
Com um pouco de emoção
Perdendo o seu instinto e perdendo a sua razão
Aqui no meu canto eu tô

Me julgando e pensando demais
Olhando pra traz, visando pra frente
Eu temo que jamais alias sera diferente
É tanta gente indiferente
E eu aqui visando o presente
Enquanto eles seguem no automático

É prático e lógico, e isso é insano
É sádico e sórdido
O quanto tão filmando e se afirmando
Servindo o ego, pouco a pouco se cegando
Ficando mais cegos, pessoas em transe

Em pleno translado, olhando pro outro lado
Em seu celular alienado
É fato comprovado que isso não tem um retorno
É relato do entorno de seu próprio abandono

Isso que é foda
Em pleno ano dois mil
Puta que pariu
Tamo dividido igual nunca se viu
É cada civil
Em seu canto próprio, em seu próprio canto
atrás de seu Smartphone nem ai pro próximo
Sem lembrar
Que Smart mesmo é desconectar
Deixa a vida me levar, vida leva eu
Pra roda com os amigos
Fogueira que esconde o breu

Tragando histórias ao som de Cartola
Com a Lua la no alto
Enquanto aqui embaixo eu tô
Respirando e buscando a minha paz
Ou sera que jaz
Um verdadeiro e bom lugar

Compositor: Gabriella Terreiro (Gabi Terreiro)
ECAD: Obra #30024126 Fonograma #25767307

Letra enviada por Gabi Terreiro

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