Reza a lenda que a Índia se apaixonou Tecendo em fios dourados, a rede pro seu grande amor! Que a lança então ao mar e a natureza abençoou Pescador deixa a terra, parte em direção à guerra Oh saudade triste! Vendo o tempo passar O seu amor não voltar, a primeira renda existe!
Renascença artesanal que encanta Catarina! Virou luxo e riqueza e a Europa ela fascina!
Reis, rainhas, toda nobreza dessa arte se vestiu Se espalhou para o mundo inteiro O artesanato do meu Brasil Escondido em porões, chegam nas embarcações Vindas lá de Portugal Preservando os sentimentos Todo seu conhecimento e tradição cultural
Põe a Jangada no mar, ô, ô, ô Deixa a terra eu arar, lá, laiá Pois é preciso viver! Fios de algodão e chita na minha mão nova arte a nascer Ô Mulher rendeira, fazendo renda me ensinou a namorar Altaneiros hoje veste o meu Nordeste pra história então contar!
Sou forte e guerreira, nasci nordestina! E desde menina aprendi a lutar Com as mãos eu bordei o amor e a vida Das minhas feridas consegui cuidar!