Quem nasce na guerra, tem sangue guerreiro Pra todas as favelas do Rio de Janeiro O ritmo é guerrilha, o jogo do crime doidão Ficou quem tem fé e também disposição Cada beco da cidade guarda um pouco da guerra, Um projétil que acerta, um projétil que erra Sempre da disciplina, Funkero tá na rima ouvindo Jovelina, de rolé nas esquinas rataria nato fechadão com os favelados existe paz aqui, paz pra mim... desenrolado Pra vacilão que vem tramado, fica enterrado Velado de caixão fechado. De role, Linha Vermelha, Linha amarela, Avenida Brasil Molecada dando tiro de fuzil Quem tem peito de aço bota a cara pra ver Mandamento de guerrilha, matar ou morrer
Quem tem sangue guerreiro, latino americano No estilo carioca do cartel colombiano Cidade sem lei, lei da selva, predatória Se marcar uma bala te dá parada obrigatória O dia que chorar minha mãe, chora sua mãe primeiro Mandamento de guerrilha, terra do dinheiro Madruga no céu se vê bala traçante, Rio de sangue, psicose, terra do bang bang Vida de sonho é ilusória na nossa trajetória Os irmão quer malote pra mundar sua própria história Tá ligado mano, atividade é fator pra virar vencedor, escapar de caô Pelos tiroteios na vida, nos becos da cidade, Sobreviver é a meta de qualquer comunidade Retrato de uma história que o rico não quis ver Sangue de gente pobre que lutou pra não sofrer
O sangue faz omundo girar O sangue faz a terra brotar O sangue faz a chuva cair Encobertos de sangue quando o homem nasce, quando o homem morre Sangue guerreiro... Virgulino Ferreira... Sangue guerreiro.. Funkero, Funkero (pow, pow)