A garganta do mundo está ressecada Que sede danada, que fome sem fim É cobra engolindo a serpente esfomeada É faca afiada nas mãos do Caim
É o ciclo do mundo olhando pro lodo Em cima do globo equilibra e não cai O resto parece criança acanhada Que vive entrelada na sombra do pai
Poder e ganância assim se agiganta E a enorme garganta só quer engolir E o pobre caminha sem ter horizonte Enquanto o gigante só pensa em subir
E lá na floresta o dinheiro inteirando Vai tudo tombando sem vida no chão Vai um machadeiro matando o gigante Na guerra constante da devastação
Fumaça e queimada que tudo destrói Abala e corroe a estufa espacial E a garça e as aves cantando em coro Pedindo socorro pro seu pantanal
Poder e ganância assim se agiganta E a enorme garganta só quer engolir E o pobre caminha sem ter horizonte Enquanto o gigante só pensa em subir
Baleia azulada nos mares profundos Percorre outros mundos por baixo do chão E o homem a persegue fazendo caçada Traz ela espetada na ponta do arpão
E o que me preocupa nessa humanidade É a grande maldade sem ter coração O homem avançando vai se destruindo E tudo partindo pra grande extinção
Compositores: Joao Benedito Urbano (Tiao do Carro) (SOCINPRO), Jose Caetano Erba (Caetano Erba) (SICAM)Editor: Fortuna (UBC)ECAD verificado obra #866561 em 11/Abr/2024 com dados da UBEM