Cidade do Pecado
Emissário
Bem vindo a ruas, o perigo mora ao lado
Seu perfume exala o mal na cidade do pecado
Inocentes ou culpados convivem lado a lado
Entre ódio e o amor cárcere privado
Sobre a calçada o desejo inflama
Só mais uma dama vende o corpo pelo grana
Almeja a fama, mas de cama em cama
Vai se afogando em um mar de lama
A cada esquina vagabundo tenta a sorte
Atrás dos malote abastece mais um lote
Em uma ciranda macabra dançando com a morte
Nos jardins da babilônia as serpentes dão o bote
As luzes da cidade reflete a solidão
Perdida entre olhares no vazio da multidão
E quanto vem quantos vão tudo foi em vão
Quando judas beija a face a traição é sem perdão
Sigo na contra mão, andando pelas artérias
No coração da metrópole onde pulsa miséria
E assim é que caminha a humanidade
A beira do abismo a um passo da calamidade
"a cidade é cimento, pedra, ferro
Gente se agitando em seus espaços
Vãos, a pedra e o ferro permanece
Nos seres que se agitam, vem e vão
A cidade é uma cidade é um mundo em criação
E qualquer mundo tem suas fronteiras
E seus lugares proibidos, bairros indicam classes
Ruas indicam quem você é, cara
Dependendo da rua onde você nasceu já é
Tua história estar escrita antes mesmo de começar"
A noite cai e a loucura se levanta
É o doce veneno que amarga na garganta
Tudo é obscuro como seu reflexo
Entre as grades e o concreto, mundo é complexo
Medo e delírio descrevem seu semblante
Sensações alucinantes pensamentos em constantes
Não dar para amar a vida tendo a rua como amante
Vejo em cada semblante que amar é raridade
Milhões de almas ardem na fogueira das vaidades
Vagando na cidade louco sem direção
Escravo do prazer, donos da ilusão com a maldade dos olhos
E a morte na mãos, predestinado a viver na eterna escuridão
Talvez um dia de cão ou noite sem compaixão
Onde o ódio floresce e padece o perdão
Enquanto uns adormecem outros sonham acordado
Quando a rua escure te consome no trago
Cotidiano lunático lardos alucinado
Respire fundo você estar na cidade do pecado
Gigante
Sete pecados capitais, eu sei que existe mais
A maldade estar na mente de quem faz
Olhos amargurados, poucos perdoados
Vários apedrejados todos estão errados
Muro e correntes libertam entre aspas
Um selvagem cheio de antecedentes criminais
Que agem por impulso, praticam bem apulso
Nem anjos ou demônios usam pratas em seus pulsos
Deixa a alma flutuar esse é a regra, se importam com carne
Enquanto não se desintegram
O dna de judas anda livre leve e solto
Circulando nas veias dos fusinhos de porco
O prato principal é servido no lixão
O cão é o garçom pague a conta com a vida
Sirva-se no chão, sinta-se em casa ladrão
Tudo que você consume afeta só seu coração
Não é preciso estar, abaixo da cadeia alimentar
Para saborear o lixo que o luxo nos dar
Tenha firmeza, vença a fraqueza
Não traia a esposa pela bruxa disfarçada de princesa
A curiosidade é uma velha ponte
Ao trefegar por ela já caíram um monte
Homens alcoolizados batem rachas com carros
Turbinado, fazem sua vida se tão importante quanto parecia
Atropela, se sobreviver Deus o livre da sequela
Quem diria uma noite qualquer jogado pro alto
Esmagado igual merda no asfalto
Na cidade do pecado por um merda qualquer
Julimen
Eu não sinto saudades de você prostituta
Meu vingador, vai te quebrar, sentenciar e aniquilar
Sua conduta sutil, sensualidade a flor da pele seduziu
Todas e tantas almas xavecando paixões
Deflagrando traumas, vagabunda tu sabes
Que nunca foi fiel, no meio ou no final
O doce vira fel, veja bem a cara da pilantra
Altamente venosa não se iluda neguim
Com essa carinha de santa, eu me liguei
Entre vários espinhos embaixo da flor
Abismo muito grande que separa ela do amor
Vem denegrindo até o chão a imagem da mulher
Roubando de vários parceiros meu a sua fé
Sem fé, multidões se joga no lamaçal
Onde tudo é maceió festa e mortes em calamidades
Não assusta mais, tá ficando normal
É natural libera geral é carnaval
Quanta folia, quanta alegria
Olha cara dos plays, raça de víboras
Enquanto minha amada, chora de canto
Alagoas campeã de homicidas
Sem glória sem vida, tinha que se você né
Novamente babilônia aprova lei no senado
Abominável, só faltava ver essa na cidade do pecado
Homem casar com homem crianças
Gravidas sem pai, sem paz, sem sobrenome
Fica difícil quando amanhecer, eu acordar sem se debater
Sofrer e não poder chorar, quando não consigo andar
Sou obrigado a me arrastar, me arrastando sempre
Magoas as feridas, sabe as me sinto invisível
Na caminhada da vida, meu povo pelo homem
Totalmente esquecido, os garotão crescendo
Frustrado esquisito, tenho me conter
De frente para tv, os caras gasta mesmo
20 Milhões, 50 milhões, em ferrari em mansões
Filho do diabo acumulando cifrões
E a miséria vem que nem bola de neve
Entre becos e vielas quantos corações ferves
Mas vai ficar suave o príncipe da paz vai voltar em breve
E aconteça o que aconteça, eu vou manter a minha fé
Sou filho da luz, não nego a Jesus
Sei bem qualé que é arrependimento
Gera perdão na cidade do pecado, só Deus por nós irmão
Composição: Julimen, Emissário, Gigante