(Lucas paiva) Respirando, profundamente Coração, batendo forte É, mais um aí conhecendo O sabor da morte
Não teve sorte, desacreditou Nós últimos segundos, ajoelhou Pediu ajuda, mas ninguém se quer olhou Estava ali na rua, sofrendo com a tal dor Ele queria, estar com a família Seguiu o caminho errado pra cair na armadilha
Estava ele, chorando pela vida Pensando no que ensinou, para a sua linda filha Sangue derramado, sujando o gramado Revendo as coisas boas, que fez no seu passado Mas foi atoa, deixou de ser um homem forte Para dar valor ao fracasso
E por acaso, sentiu uma dor Ficou sentado, se fortificou Para o céu, olhou para o criador Levantou os braços e agradeceu Obrigado meu pai, por amar um filho seu Mantendo a fé, desacreditou na derrota Ficando de pé, sim!
Eu sei, o quanto eu lutei Eu sei, quantas vezes eu levantei Eu sempre vou lutar Eu sempre vou orar Para que eu veja um novo dia clarear
(Marc)
3 Da matina já está de pé Tomando seu café amargo O sol nem apareceu E já está dentro de um trem lotado Essa triste rotina, do povo brasileiro
Vendendo picolé, no sol do rio de janeiro Nossas mães ajoelhadas, limpando banheiro Mães que quer ver seu filho marinheiro Mas fácil ser maconheiro
Só volta vivo Aquele que se prepara pra guerra chapa! Os que vão aguentar a vida São os verdadeiros vira latas
Os ternos e gravata Passando a mão em nossos bolsos Chegar em casa, com suor no rosto É muito pra poucos, e poucos pra muitos
Ainda tem que passar por humilhações E encarar os maldito insultos O pão com ovo, no fim do dia pra ele é troféu Antes de saciar, vai ajoelhar Agradecer a deus olhando pro céu
Durante seu trajeto Tem que desviar das balas perdidas Que sempre vai se encontrar, tirando vidas Vivendo nas ruas, com sentimentos com feridas
Buscando, a bendita saída Todos os dias, acordando as três da matina Pedindo a deus pra abençoar E ter força nessa longa corrida
Eu sei, o quanto eu lutei Eu sei, quantas vezes eu levantei Eu sempre vou lutar Eu sempre vou orar Para que eu veja um novo dia clarear
(Marc)
É de rotina dobrando as esquinas Pra chegar ao seu destino Trabalhando, conquistando Pra dar alimento para os filhos
Tendo as suas mãos calejadas Ainda tem que pegar várias conduções Encarar essas longas estradas No fim do mês a contas vão apertando
Escolhendo qual vai pagar Não sabe, só vai atrasando Do nada sentiu algo de estranho, que não era bom E do nada alguém, que não tinha um bom coração
Escutou um tiro, não enxergava nada, e agora? Sentiu o seu oxigênio, indo embora Querendo levar seu salário, para casa Mas não deu, foi roubado Ficou deitado com um monte de furo na calçada