Fagner
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Paralelas

Fagner


Dentro do carro, sobre o trevo a cem por hora, oh! Meu amor
Só tens agora os carinhos do motor
E no escritório em que eu trabalho e fico rico
Quanto mais eu multiplico diminui o meu amor

Em cada luz de mercúrio vejo a luz do seu olhar
Passas praças, viadutos, nem te lembras de voltar
De voltar, de voltar

No Corcovado,
Quem abre os braços sou eu!
Copacabana, esta semana, o mar sou eu!
E as borboletas do que fui pousam demais,
Por entre as flores do asfalto, em que tu vais

E as paralelas dos pneus n'água das ruas
São duas estradas nuas em que foges do que é teu
No apartamento, oitavo andar, abro a vidraça e grito
Grito quando o carro passa:
teu infinito sou eu, sou eu, sou eu, sou eu

No corcovado quem abre os braços sou eu
Copacabana esta semana o mar sou eu
Como é perversa a juventude do meu coração
Que só entende o que é cruel e o que é paixão
Compositor: Antonio Carlos Belchior (Belchior) (UBC)Editor: Fortaleza (AMAR)Publicado em 2023 (09/Jan) e lançado em 2022 (10/Out)ECAD verificado obra #5984 e fonograma #37228389 em 02/Abr/2024 com dados da UBEM

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