Estação 22
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Codinome Vida

Estação 22


Codinome Vida

Santa, pobre, suja e ofendida.
Eu não vou deixar calar.
Sem ter a chance de contar.
Da garota codinome vida.

Luz que se dissolve ao fim do dia.
Sem dar chance de enxugar.
Sua lágrima há lembrar.
Da inocência cedo interrompida.

Sei, mas também sei.
Não vou brincar de cabra-cega na multidão.
Mas também sei.
O que outras pessoas juntas pensarão?
Sem saber expressar.
O real sentido do olhar.
Não é o presente que escolhi.
Então deixa meu futuro decidir.
Minha vida aos poucos consumir.

Não quero saber quem está por trás.
Se não for agora talvez nunca mais.
Veja tudo como eu aprendi.
Em uma selva urbana eu sobrevivi.
Se os anjos existem onde eles estarão?
Culpada ou inocente seja como for.
Não sabe a diferença entre a dor e o amor.
Só um caminho pôde decidir.
Escolhendo a morte para estar aqui.
Se o céu é o limite então não venha ultrapassar.

Composição: Rafael Medeiros

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