Nas grandes cidades do pequeno dia-a-dia O medo nos leva a tudo, sobretudo a fantasia Então erguemos muros que nos dão a garantia De que morreremos cheios de uma vida tão vazia Então erguemos muros que nos dão a garantia De que morreremos cheios de uma vida tão vazia
Nas grandes cidades de um país tão violento Os muros e as grades nos protegem de quase tudo Mas o quase tudo quase sempre é quase nada E nada nos protege de uma vida sem sentido O quase tudo quase sempre é quase nada...
Um dia super Uma noite super Uma vida superficial Entre as sombras Entre as sobras Da nossa escassez
Um dia super Uma noite super Uma vida superficial Entre cobras Entre escombros Da nossa solidez
Nas grandes cidades de um país tão irreal Os muros e as grades Nos protegem de nosso próprio mal Levamos uma vida que não nos leva a nada Levamos muito tempo pra descobrir Que não é por aí...não é por nada não Não, não pode ser...é claro que não é Será?
Meninos de rua, delírios de ruína Violência nua e crua, verdade clandestina Delírios de ruína, delitos e delícias A violência travestida faz seu trottoir Em armas de brinquedo, medo de brincar Em anúncios luminosos, lâminas de barbear!
Um dia super Uma noite super Uma vida superficial Entre sombras Entre as sobras Da nossa escassez
Um dia super Uma noite super Uma vida superficial Entre cobras Entre escombros Da nossa solidez
Viver assim é um absurdo, (como outro qualquer) Como tentar o suicídio (ou amar uma mulher) Viver assim é um absurdo (como outro qualquer) Como lutar pelo poder (lutar como puder)
Compositores: Augustinho Moacir Licks (Augusto Licks) (UBC), Humberto Gessinger (UBC)Editor: Warner (UBC)Publicado em 1993 (01/Jul)ECAD verificado obra #47242 e fonograma #14262 em 04/Abr/2024 com dados da UBEM