Emicida
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Pro Tempo

Emicida


Saúdo o sol como no ritmo do amanhecer
lembro de tudo aquilo que sou e agradeço por ser
um ser que não perdeu o dom de se encantar com as
maravilhas pequenas
comos os gesto que da grandeza familia
eu vejo casa sem reboque de aparencia tenebrosa
e em minha insignificancia rendo homenagem
silenciosa
a todos que sabem o que é um onibus lotado
ou seja na corrida pois de novo tá atrasado,
preocupado
tem que manter a vida no tom,
dispertador fela da puta toca quando o sonho fica bom
vai trabalhar pra no fim você tá sem um puto
porra ainda tô cansado, só mais 5 minutos
minha rima não é a que mais vende, nem a que lota o
salão
mais tráz paz ao coração da meia dúzia que prestou
atenção
talvez eu viva um tempao, talvezz eu morra amanhã
mas eu lhe deixo a certeza de poder crer na manhã
ser simples é ser um alien
como que não rebola, tá fora de moda
igual ter um tenis sem mola
"cê" hoje não cre em nada quando olha no espelho
mas já botou fé que quem botava ovo era o coelho
pergunta pro menininho
na foto do prézinho
se ele ficou com algo que possa dar vida ao seu
mundinho
pequeno escuro, sensato e previsível
onde a beleza de ser livre é invisivel
onde tudo que é só seu, só te causa vergonha
aproveita que ninguém tá olhando e sonha

refrão
Eu faço poemas pro tempo, arremesso eles ao vento,
talvez um dia alguém escute e diga: mo talento!
Acredito que tô cumprindo meu papel
mesmo que há olhos alheios ainda sôe como réu
2x

comprimento meus irmão que não são filhos da jacira
enquanto ouço perguntar de hoje, qual rolê que vira
Faço como o sol pra todos mostro a mesma cara
sendo tão guerreiro quanto o povo do Saara
setenta e oito rotações ou trinta e três o terço
parindo pites lentos o talento vem do berço
servindo de playground pro verdadeiro MC
meu sonho é ver o povo acordar pra poder durmi
e a quem não fecha com sistema cabe o calabouço
tem que trampa igual máquina e a pilha sai do seu
bolso
olhas as crianças brincando moskão manobra direito
nós apavora os intrusos fica ligero sujeito
não vai estragar meu domingo, entristecendo a
quebrada
vejo o mundo fantástico com a tv desligada
são paulo faz frio mermo, eu vo de blusa e toca
quero amor e paz, mais uma coisa atrás da outra
pros meus filhos acho que a única coisa que eu vou
deixar
é essa riqueza que o gerente não pode levar
documento suburbano registrado em minha voz
oração de vagabundo, tiro amém, ponho a rua é nóiz
Compositores: Guilherme Amolicavo Santana, Leandro Roque de Oliveira (Emicida) (UBC)Editor: Laboratorio Fantasma (UBC)Administração: Warner Chappell Edicoes Musicais Ltda (UBC)Publicado em 2015 (04/Nov) e lançado em 2015 (15/Nov)ECAD verificado obra #20663987 e fonograma #11589801 em 21/Abr/2024 com dados da UBEM

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